A compreensão acerca do conceito de juventude passa pelo conhecimento da realidade dos sujeitos que estão envolvidos nessa fase e, consequentemente, do contexto histórico e social e os diferentes modos de construção de si mesmo e das experiências.
As vivências das juventudes são marcadas por experiências subjetivas e sociais, que podem potencializar, nos sujeitos, o processo formativo e participativo. Ao jovem é dada a possibilidade de se ver como um sujeito social, atuando na sociedade de modo a ser influenciado e exercer influência sobre seus pares, criando um campo propício à participação e inserção social (DAYRELL, 2002). Vale ressaltar que esse potencial de participação social e política da juventude foi reconhecido no Estatuto da Juventude (BRASIL, 2013), tendo como um de seus princípios a “valorização e promoção da participação social e política, de forma direta e por meio de suas representações.” Não obstante, o Estatuto consagra a participação social e política enquanto um direito do jovem, promovendo sua inclusão nos espaços públicos e comunitários e envolvendo-o em ações de políticas públicas e de defesas dos direitos da juventude.
Referência: SANTOS, João Henrique de Sousa; ROCHA, Bianca Ferreira; SILVA, Catharine Oliveira; FREITAS, Harrison Lucas Rocha; ARAÚJO, Jeanyce Gabriela. Juventude, Violência e participação: uma revisão da produção científica no cenário brasileiro. Annales FAJE, Belo Horizonte, v.3, n.2 p. 513-522 (2018).