As microculturas juvenis de hoje não configuram um “nós” do mesmo modo que propunham as tradicionais teorias subculturais, onde a acção dos membros das “subculturas” surgia em relação e em função da colectividade. A fragmentação intricada e reticular das sociabilidades microculturais contemporâneas não permite identificar uma unidade de “grupo”, um nós associativo de que se é membro, mas nós sociativos conexos, fundados em relações concretas com outros pessoalizados, que se estabelecem temporariamente com base em afinidades e afectividades electivas.