A questão principal analisada neste artigo, no âmbito da violência escolar na capital baiana, é que algumas escolas, ao demonstrarem impotência frente ao crescimento deste fenômeno, passam a ter no processo de intermediação da violência a presença de instituições externas ligadas à Segurança Pública.
A violência escolar é um fenômeno que cresce mundialmente e pode ser atribuído a diversos fatores que dilaceram os códigos de convivência e subvertem a civilidade e a ordem do funcionamento da instituição escolar, que além de se responsabilizar pela formação da educação formal do estudante, passa a ter que gerenciar atos indisciplinares mais graves. Em Salvador, a evolução da violência escolar, conforme veremos através da análise de dados estatísticos, ao passo que revela as dificuldades das instituições de ensino de lidarem com a situação, apresentam a mobilização participativa de novos agentes externos na gestão dos fatos, a exemplo da Delegacia do Adolescente Infrator –DAI e da Ronda Escolar da Polícia Militar, órgãos públicos ligados à Segurança Pública do Estado.
Palavras-chave: Violência, Escola, Segurança Pública.
Referência: SOARES, Antonio Mateus; IVO, Anete Brito Leal. Violência escolar, juventude e segurança pública. Revista do PPGCS/ UFRB Pós graduação em Ciências Sociais, v.1, n.2, 2018.