As práticas escolares são mediadas por relações sociais, sociabilidades, desigualdades e diferenças étnicas, de gênero e de valores. A escolarização dos jovens de camadas populares é frequentemente associada ao fracasso escolar, do aluno desinteressado e indisciplinado. Estas classificações acabam por transferir aos alunos a responsabilidade pelo fracasso. Quais os significados que esses alunos atribuem à escola? Qual é a visão dos(as) alunos(as) sobre a escola?
Ao responder essas perguntas, buscamos identificar práticas cotidianas de sociabilidades de jovens de classes populares no interior da escola e suas percepções deste local. A pesquisa orientou-se por essas perguntas tendo como objetivo geral analisar, através das experiências de jovens no cotidiano de convivências informais, os significados da escola e as sociabilidades neste espaço. A metodologia qualitativa adotada nesta pesquisa é etnográfica composta por um trabalho de campo com a utilização de imagens. Foram identificados grupos que se colocam durante o recreio em delimitações espaciais, corporais com interesses e estilos diversos, estabelecidas a partir de vários marcadores sociais das diferenças – classe, gênero, etnia, geração etc. As análises iniciais das práticas de sociabilidade mostram que a escola transforma-se para estes jovens em um espaço de relacionamento, lazer e de convívio.
Palavras-chave: Culturas Juvenis, Diversidade Cultural, Igualdades e Diferenças, Relações Escolares
Referência: MACIEL, M. P. As Sociabilidades Juvenis e suas Relações na Diversidade do Espaço Escolar. RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, [S. l.], v. 2, n. 4, p. 520–531, 2016. DOI: 10.23899/relacult.v2i4.300. Disponível em: https://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/300. Acesso em: 22 dez. 2021.