Em fevereiro de 2020, quando o primeiro caso de Covid-19 no Brasil foi detectado, seus efeitos ainda eram em grande parte desconhecidos para médicos, cientistas e para a população em geral. Para contribuir com a construção de soluções sistêmicas para esse desafio complexo, a 1ª edição da pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus apresentou, em junho de 2020, um conjunto de dados e evidências com base na escuta de quase 34 mil jovens de todo o país.
Mais de um ano depois, a doença segue se alastrando, com números de infectados e de vítimas fatais que tragicamente continuam a crescer. O agravamento da situação sanitária é parte de um cenário de graves consequências econômicas e sociais que impactam o presente e o futuro das juventudes no Brasil: o aprofundamento das desigualdades sociais e seus efeitos sobre a saúde mental, a segurança alimentar, o processo educativo, a vida profissional e econômica de jovens, além da instabilidade política no país.
Com o adiamento do censo demográfico tornou-se ainda mais urgente produzir dados atualizados e disseminar evidências que permitam análises contextualizadas e apoiem a formulação e implementação de respostas concretas aos desafios impostos pela pandemia do coronavírus.
Nesta 2ª edição da pesquisa, que apresentamos a seguir, escutamos mais de 68 mil jovens em busca de criar e ampliar espaços de diálogo para definir prioridades e caminhos na ação com e para as juventudes do Brasil, bem como pautar e influenciar tomadores de decisão (públicos ou privados).
Referência: BARÃO, M. et al. Relatório Nacional - Juventudes e a Pandemia do Coronavírus. Conselho Nacional da Juventude, Unesco, ed. 2, Maio, 2021.