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  • Este artigo tem o propósito de trazer reflexões sobre violência urbana e violação de diretos fundamentais como acontecimentos que têm marcado o cotidiano de adolescentes e jovens residentes na periferia de Fortaleza. Também traz uma discussão sobre os desafios metodológicos das pesquisas participativas com esse público.
  • Os jovens têm sido os mais atingidos pela violência. Dados mostram que o número de homicídios entre indivíduos de 15 a 24 anos é maior do que entre outras faixas etárias. Este trabalho objetiva refletir sobre os contextos em que jovens vítimas de homicídios estavam inseridos. Para tanto, realizou-se entrevistas com familiares de sete jovens assassinados em Natal-RN, atendidos pela Coordenadoria de Direitos Humanos e Defesa das Minorias.

  • A moralidade entre jovens condenados por homicídio é abordada por meio de equilíbrio ou polaridade, quando o autoempoderamento se torna central para o relato. Os sentimentos são analisados como uma fonte de fundamentos plausíveis para o agir, embora não necessariamente adequados ou legítimos de acordo com um código de comportamento convencional.

  • Em 2013, os assassinatos de adolescentes na capital tiveram um crescimento vertiginoso, atingindo 141,1 homicídios para 100 mil adolescentes. Na população total, este índice ficou em 83,7 homicídios por 100 mil habitantes, de acordo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza.

  • Fortaleza, a quinta capital do Brasil em população, com 2,6 milhões de habitantes, tem o maior Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). E o Ceará, a oitava unidade da federação mais populosa, com 8,9 milhões de moradores estimados em 2016, está em terceiro lugar entre os estados com mais mortes na faixa etária de 12 a 18 anos.

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