Este artigo se propõe analisar o skate como uma prática corporal vinculada à cultura juvenil, portadora de significados específicos, de acordo com os diferentes grupos sociais e, ao mesmo tempo, refletir sobre as possibilidades de abordá-lo como uma manifestação da cultura corporal, perspectiva que escapa às iniciativas pedagógicas das instituições escolares.
As microculturas juvenis de hoje não configuram um “nós” do mesmo modo que propunham as tradicionais teorias subculturais, onde a acção dos membros das “subculturas” surgia em relação e em função da colectividade. A fragmentação intricada e reticular das sociabilidades microculturais contemporâneas não permite identificar uma unidade de “grupo”, um nós associativo de que se é membro, mas nós sociativos conexos, fundados em relações concretas com outros pessoalizados, que se estabelecem temporariamente com base em afinidades e afectividades electivas.
O artigo aborda a escrita, simultaneamente, como técnica e como prática social. Desse modo, a partir de pesquisas realizadas em escolas públicas de ensino médio da periferia de São Paulo, entre 2006 e 2010, e com práticas culturais juvenis, desde 2002, apresenta-se os múltiplos aspectos revelados sobre as diferentes formas de letramento e suas implicações políticas.
Este artigo apresenta um mapeamento das identidades juvenis em escolas de três municípios da Região das Hortênsias (Canela, Gramado e São Francisco de Paula) do Rio Grande do Sul, com breve análise de alguns grupos sociais em cada localidade.
As teorias críticas da juventude, na segunda metade do século XX, formularam importantes concepções de juventude que tiveram influência para além dos meios acadêmicos, até hoje presentes, tais como moratória social, gerações e subculturas juvenis. Por meio de revisão bibliográfica, analisa-se a constituição destas concepções de juventude e suas características principais.
Em 1977, Lúcio Kowarick publica no jornal Folha de S. Paulo o artigo “O mito da sociedade amorfa e a questão da democracia”, examinando os pressupostos autoritários e elitistas que orientavam as afirmações recorrentes sobre a passividade das classes populares e o caráter gelatinoso da sociedade civil. Reconhecia, naquela conjuntura adversa, o elenco de dificuldades presentes na organização popular mas apontava, também, a existência de outros momentos férteis em mobilizações.
- Juventude e educação para o trabalho: a experiência de uma geração
- Identificar e discriminar: Notas sobre a política criminal em Fortaleza nas décadas iniciais do século XX
- A Política Pública para Juventude em Fortaleza
- O Plano Juventude Viva e a rede de políticas de juventude para enfrentamento à violência em Alagoas